Seqüestradores querem trocar soldado por mil prisioneiros

Soldado israelense de 20 anos é refém há dez meses; lista de prisioneiros palestinos já foi entregue ao governo de Israel, que deve analisar a proposta neste domingo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os milicianos que capturaram o soldado israelense Gilad Shalit, de 20 anos, há dez meses exigiram a libertação de mil prisioneiros palestinos. O ministro da Informação e porta-voz do governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mustafá Barghouti, disse neste sábado, 7, que os mediadores egípcios já enviaram a lista dos prisioneiros ao governo israelense, que terá neste domingo sua reunião semanal. O primeiro da lista, segundo as fontes palestinas, é Marwan Barghouti, um dos políticos de maior prestígio da região e deputado do movimento nacionalista Fatah, condenado há três anos à prisão perpétua, acusado de ser autor intelectual do assassinato de cinco civis israelenses. Também integram a lista presos que estão doentes, mulheres e adolescentes. Israel aceitou em ocasiões anteriores trocar soldados, civis e, em alguns casos, cadáveres, por prisioneiros palestinos. Mas sempre se negou a libertar os que considera "ter as mãos manchadas de sangue". Fontes do governo israelense admitiram "progressos" nas negociações da troca, com a mediação de uma delegação da organização da segurança egípcia com sede em Gaza, mas alertaram que a concretização "ainda está longe". O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, afirmou sexta-feira que "a libertação do soldado Shalit está próxima".

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