Jornais bósnios um dia após a prisão de Ratko Mladic
PRISTINA - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, elogiou a Sérvia nesta sexta-feira, 27, pela prisão do ex-general servo-bósnio Ratko Mladic, mas afirmou que o país ainda precisa superar outros obstáculos para ingressar no bloco europeu.
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Durante visita a Kosovo, Catherine disse que "o caminho para a UE requer muito trabalho sobre as questões técnicas que precisam ser resolvidas". O governo sérvio, aliado do Ocidente, anunciou que planeja estar como membro do bloco europeu ainda neste ano.
A UE pediu que a Sérvia progrida com sua reforma judicial, no combate ao crime e à corrupção, no respeito aos direitos humanos, nas mudanças das leis eleitorais e em aspectos diplomáticos, como nos diálogos com Kosovo, sua ex-província.
A agência internacional de riscos Standard & Poor's emitiu um comunicado nesta sexta afirmando que "a Sérvia pode alcançar os demais países do bloco alinhando suas leis com as da UE e aplicando reformas estruturais", mas ainda assim, completa, "a prisão (de Mladic) não acelera o processo". A nota diz que Belgrado necessita "mais esforços em âmbito administrativo, legislativo e de implementação por parte do governo".
No dia da prisão de Mladic, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, falou sobre a futura entrada do país na UE. "Hoje fechamos um capítulo difícil de nossa história recente. Estou muito orgulhoso de nossas forças de segurança e quero felicitá-las. É muito bom para a Sérvia que este capítulo esteja fechado. Acho que todas as portas para nossa entrada na União Europeia (UE) estão abertas", disse.
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