
06 de novembro de 2015 | 09h25
LONDRES - Informações interceptadas por agentes de inteligência americanos e britânicos sugerem a explosão de uma bomba no avião russo que caiu no sábado passado no Sinai egípcio, afirma nesta sexta-feira, 6, o jornal britânico The Times. A tese foi desenvolvida a partir de uma operação conjunta dos serviços secretos dos dois países, que "utilizaram satélites para detectar comunicações eletrônicas" entre membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Egito, explica o jornal, que não cita fontes.
"O tom e o conteúdo das mensagens convenceram os analistas de que um passageiro ou um membro do pessoal de terra do aeroporto colocou uma bomba a bordo", informa o jornal. Uma porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, evitou comentar a informação do Times, alegando se tratar de "questões de inteligência".
O presidente americano, Barack Obama, e Cameron falaram abertamente nesta quinta-feira sobre a suspeita de uma bomba a bordo do avião, que caiu no deserto do Sinai matando as 224 pessoas a bordo. Moscou e Cairo qualificam esta hipótese de especulação.
O jornal The Telegraph, que também não cita fontes, diz em reportagem desta sexta que os serviços de inteligência americano e britânico têm "informações essenciais" após a análise de "comunicações de fanáticos conhecidos na região" e que revelariam um "ataque iminente".
Os jihadistas do Estado Islâmico assumiram a responsabilidade pela queda do avião, mas não explicaram como teriam feito para derrubar o Airbus A321.
Segurança. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos vai pedir o reforço da segurança, possivelmente nesta sexta-feira, em certos aeroportos estrangeiros que possuem voos diretos para destinos americano, segundo reportagem da rede ABC News, citando autoridades de aviação e do governo.
Além desses pedidos, medidas de segurança em discussão incluem melhor visualização de bagagens nos maiores aeroportos dos EUA, informou a rede de TV, citando as autoridades.
Procurado para comentar a reportaem da ABC News, o Departamento de Segurança Interna dos EUA informou que não havia anúncios para realizar no momento. / AFP e REUTERS
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