PUBLICIDADE

Serviços secretos israelenses temem que a Al Qaeda ataque

De acordo com o jornal Ha´aretz, o nível de ameaça aumentou desde que o número dois da Al Qaeda manifestou intenção de atacar Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

Os serviços secretos israelenses Shin Bet e outros organismos de inteligência se encontram em estado de alerta máximo perante o temor de que a rede terrorista Al Qaeda possa lançar um ataque surpresa contra Israel com terroristas não árabes, segundo informa neste segunda-feira o jornal "Ha´aretz". O nível de ameaça aumentou depois que Ayman Al-Zawahiri, número dois da Al Qaeda e braço direito de Osama Bin Laden, manifestou recentemente que Israel se encontra entre os próximos alvos dos ataques da organização fundamentalista. O "Ha´aretz" informa que acredita-se que Zawahiri poderia tomar o lugar de Bin Laden na liderança da rede terrorista, devido a uma suposta doença que aflige o homem mais procurado do planeta. O jornal acrescenta que Zawahiri e Bin Laden discordam sobre qual deveria ser o próximo alvo de um ataque da Al Qaeda, se uma nação ocidental ou outra situada no Oriente Médio. Neste sentido, Bin Laden preferiria atacar nos EUA ou na Europa, enquanto Zawahiri, de origem egípcia, desejaria lançar um ataque no Oriente Médio, principalmente em Israel e nos estados árabes que cooperam com o Estado judeu, segundo o jornal de Tel Aviv. Há duas semanas, no aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Zawahiri advertiu em um vídeo que Israel e os países do Golfo Pérsico poderiam ser os próximos alvos da Al Qaeda, o que levou os organismos de segurança israelenses a aumentarem as medidas em previsão de possíveis ataques. Os serviços secretos israelenses presumem que a rede terrorista internacional tentará recrutar e introduzir células não árabes em Israel, da mesma forma que fez nos ataques a duas embaixadas americanas na África, em 1998. Os serviços secretos também não descartam que a Al Qaeda tente infiltrar terroristas no território israelense através do Líbano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.