Sete pessoas são feridas em mobilização na Caxemira

Separatistas pedem que a pena de morte de três homens seja revogada

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Atualização:

SPRINGAR - Centenas de pessoas na Caxemira atiraram pedras em policiais, desafiando as restrições durante uma greve chamada por separatistas para protestar contra as penas de morte dadas a três homens condenados por uma explosão em 1966 em Nova Délhi.

 

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A polícia e soldados paramilitares fizeram disparos de advertência e atiraram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, disse um oficial da polícia sob a condição de anonimato, já que ele não estava autorizado a falar com a mídia. Pelos menos 7 pessoas se feriram, disse o oficial.

 

Os manifestantes gritavam "Nós queremos liberdade" e "Revoguem a pena de morte" nas ruas de Srinagar, que estavam desertas já que os residentes e comerciantes apenas observavam a greve.

 

Comerciantes fecharam suas lojas, escolas cancelaram as aulas e ônibus e caminhões se mantiveram fora das ruas depois que a principal aliança separatista, a Conferência Hurriyat de Todos os Partidos, pediu para que os habitantes parassem seus trabalhos.

 

Os separatistas ficaram bravos por causa de uma decisão da corte de Nova Délhi na quinta-feira na qual condenava três membros do Fronte Islâmico de Jammu-Kashmir por executar um atentado em um movimentado mercado, onde 13 foram mortas e 38 ficaram feridas. Os acusados foram sentenciados à morte.

 

Milhares de tropas patrulhavam as ruas desertas de Srinagar nesta sexta, procurando barrar qualquer tipo de manifestação durante a greve.

 

Dos sete feridos, um foi encaminhado para um hospital em estado grave, disse o departamento de polícia local, que falou sob a condição de anonimato.

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Residentes locais disseram que um disparo de um policial atingiu o homem na barriga.

 

Hmant Lohia, um oficial da polícia, disse que a natureza do ferimento será investigada. "Estamos checando se ele foi atingido por uma bala ou um pedaço da bomba de gás lacrimogêneo".

 

A polícia deteve quatro líderes separatistas, incluindo o chefe da Fronte de Libertação de Jammu-Kashmir, um grupo político que apoia a independência da Caxemira.

 

A Fronte Islâmica de Jammu-Kashmir, por outro lado, é um dos vários grupos rebeldes lutando na Caxemira indiana desde 1989 pela independência do estado de maioria muçulmana da Índia de predominância hindu, ou sua anexação ao Paquistão. Mais de 68 mil pessoas, a maioria civis, já morreram no conflito.

 

A Caxemira é separada entre as duas nações rivais, enquanto que ambos clamam pelo direito de possuir o território em sua totalidade. Índia e Paquistão já lutaram em duas guerras pela Caxemira desde sua independência do Reino Unido em 1947.

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