26 de novembro de 2010 | 01h54
SEUL - O assessor de segurança nacional da Coreia do Sul, Lee Hee-won, foi nomeado nesta sexta-feira, 26, o novo ministro da Defesa do país, após a renúncia de Kim Tae-young pelas críticas diante do recente ataque da Coreia do Norte.
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O novo titular da pasta é um general reformado que desde maio ocupava o cargo de assessor do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, segundo a agência local Yonhap.
Kim apresentou sua demissão na quinta em meio a uma onda de críticas pela reação, considerada pouco contundente, ao ataque norte-coreano sobre a ilha de Yeonpyeong, que deixou quatro mortos - sendo dois civis - e 18 feridos, na terça-feira.
Vários setores da oposição e do próprio governo acusaram o agora ex-ministro de ter administrado sem muita firmeza o caso dos disparos de artilharia norte-coreana.
Kim já havia apresentado sua renúncia em março, após o afundamento da corveta sul-coreana Cheonan nas águas do Mar Amarelo por um torpedo da Coreia do Norte, e que matou 46 marinheiros sul-coreanos, mas sua demissão não foi aceita na época.
Na quinta, o governo sul-coreano anunciou um importante reforço de sua defesa nas ilhas do Mar Amarelo.
Os dois países se encontram tecnicamente em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz. Desde então, o acirramento das tensões entre as duas nações asiáticas é frequente.
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Um dos episódios mais recentes dos atritos entre os países foi o afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Seul acusa Pyongyang de estar por trás do ataque, que matou 46 marinheiros. A Coreia do Norte, que está sob pressão pelas suspeitas de estar ampliando seu programa nuclear, nega.
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