SEUL - A Coreia do Sul confiscou um navio chinês que transferiu petróleo a uma embarcação norte-coreana nas águas do Mar da China Oriental, uma troca que viola as resoluções da ONU contra Pyongyang, informaram nesta sexta-feira, 29, fontes do governo de Seul.
+ ONU corta em 90% combustível vendido à Coreia do Norte
Autoridades alfandegárias sul-coreanas requisitaram e registraram a embarcação Lighthouse Winmore, que viajava com a bandeira de Hong Kong, no dia 24 de novembro, quando atracou no porto de Yeosu depois de transferir 600 toneladas de petróleo refinado a um navio da Coreia do Norte no dia 19 de outubro, segundo a agência de notícias Yonhap.
+ China paralisou exportações de petróleo para Coreia do Norte em novembro
O navio chinês foi contratado pela empresa Billions Bunker, de Taiwan, e tinha visitado previamente o porto no dia 11 de outubro para carregar petróleo refinado japonês e se dirigir supostamente ao país quatro dias depois.
Ao invés de ir a Taiwan, o navio transferiu o petróleo a um barco norte-coreano, o Sam Jong 2, e três navios de outros países em águas internacionais do Mar da China Oriental, segundo as fontes.
Autoridades afirmaram que a Coreia do Sul compartilhou informações de inteligência com os EUA para detectar a transação ilegal, e o barco chinês ficará confiscado por seis meses.
Essa foi a resposta de Seul para as informações publicadas pelo jornal sul-coreano The Chosun Ilbo na terça-feira, sobre satélites americanos terem detectado embarcações chinesas vendendo petróleo a navios norte-coreanos no Mar Amarelo em 20 ocasiões desde outubro.
A ONU endureceu na semana passada suas sanções contra o regime de Pyongyang, limitando ainda mais seu acesso a produtos petroleiros, vetando suas exportações em vários setores e forçando cidadãos que trabalham fora a retornarem ao país.
A China, principal parceiro comercial da Coreia do Norte, voltou a negar nesta sexta-feira ter feito qualquer venda de petróleo ao regime de Pyongyang que viole as sanções das Nações Unidas, e afirmou que está investigando a suposta transação ilegal. / EFE