SEUL - O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, defendeu nesta quarta-feira, 29, a retomada do diálogo sobre o programa nuclear da Coreia do Norte em 2011, intermediado pelo grupo dos seis - formado também por Estados Unidos, Rússia, Japão e China.
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"Nós não temos outra opção a não ser a de resolver diplomaticamente o problema do desmantelamento do programa nuclear da Coreia do Norte através das conversas de seis lados", disse o presidente sul-coreano, segundo a agência Yonhap.
Ainda de acordo com Lee, a Coreia do Norte pretende se transformar em 2012 em um país "forte e próspero", e por isso deve pôr fim ao seu programa nuclear no próximo ano.
As negociações de seis lados para a desnuclearização da Coreia do Norte estão paralisadas desde o fim de 2008 pelo boicote unilateral de Pyongyang. Nos nos últimos meses, o país deu sinais de ter ampliado seu programa nuclear.
Tensão na península
O pedido de Seul acontece pouco mais de um mês após o ataque norte-coreano à ilha de Yeongpyeong, na tensa fronteira do Mar Amarelo, em disparos de artilharia que deixaram quatro mortos.
Após o ataque, a China, principal aliada da Coreia do Norte, propôs uma reunião de emergência dos membros do diálogo de seis lados, proposta que foi recebida com frieza por Seul.
Os últimos comentários do presidente Lee, porém, realizados após receber um relatório do Ministério de Relações Exteriores sobre política externa em 2011, refletem uma aparente postura mais flexível em direção às conversas com a Coreia do Norte.
O relatório apresentado nesta quarta-feira destaca, entre outros pontos, a necessidade de avançar na reunificação das duas Coreias, com a ajuda de Estados Unidos, Japão e outros países aliados.