
04 de março de 2018 | 04h24
SEUL - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, escolheu o diretor do Serviço Nacional de Inteligência, Suh Hoon, e seu conselheiro de segurança, Chung Eui-yong, para viajarem a Pyongyang em breve, segundo antecipou uma fonte do governo.
O escritório presidencial sul-coreano deve anunciar nas próximas horas oficialmente os representantes de Moon para viajar à capital norte-coreana com o objetivo de seguir fomentando a aproximação entre os dois países e posteriormente conseguir um diálogo com os Estados Unidos.
A missão será conferida a Suh e Chung, que teriam previsto ir à Coreia do Norte nesta mesma semana, segundo revelou uma fonte presidencial à agência sul-coreana Yonhap.
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A expectativa é que os representantes de Seul entreguem uma carta de Moon para Kim Jong-un e analisem a recente oferta do líder norte-coreano de realizar uma cúpula, segundo detalhou a agência.
Com 30 anos nas costas em diferentes setores do Serviço Nacional de Inteligência, Suh foi fundamental ao tramitar as duas cúpulas intercoreanas que ocorreram em Pyongyang em 2000 e 2007.
Chung, o principal assessor de segurança de Moon, desempenhou um grande papel para manter uma estreita coordenação com o general H.R. McMaster, o conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Donald Trump.
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O plano de Seul de enviar um representante a Pyongyang foi comunicado nesta quinta-feira por Moon a Trump, uma missão de alto nível que procura dar reciprocidade à visita ao Sul da enviada especial norte-coreana Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano, por causa da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang.
Kim Yo-jong transmitiu a Moon um convite para viajar a Pyongyang e realizar a primeira cúpula intercoreana em mais de uma década. Na semana passada, outra delegação norte-coreana que visitou o Sul para o encerramento dos Jogos assegurou que o Norte está aberto a dialogar com os EUA.
Moon está confiante que a atual aproximação entre as duas Coreias pode servir para que Washington e Pyongyang se sentem para conversar após um 2017 marcado pelos contínuos testes de armas do regime norte-coreano e a troca de ameaças com Donald Trump. /EFE
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