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Seul investiga naufrágio de navio de guerra

Embarcação com 104 tripulantes explode perto da Coreia do Norte; 46 estão desaparecidos

Atualização:

Um navio de guerra sul-coreano de 1.200 toneladas afundou na noite de ontem depois de explodir com 104 tripulantes a bordo, levantando suspeitas de um possível ataque com torpedo ou minas marítimas da vizinha Coreia do Norte. Dezenas de tripulantes foram resgatados, mas pelo menos 46 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.Seul não determinou as causas da explosão, mas convocou imediatamente uma reunião de segurança e deslocou uma frota de navios de combate para o local, reforçando as suspeitas de envolvimento de Pyongyang no caso. Segundo testemunhas, o casco do navio afundado tinha um rombo na parte traseira, perto da hélice. "É importante descobrir a verdade. Mas, até agora, ignoramos se a Coreia do Norte está envolvida", disse o porta-voz da presidência sul-coreana, Kim Eun-hye.O incidente ocorreu horas depois de um ataque da Marinha sul-coreana contra uma suposta embarcação não identificada que navegava em direção ao norte. Mas as Forças Armadas sul-coreanas disseram, pouco depois, que se tratava apenas de uma revoada de pássaros.O governo norte-coreano nega-se a reconhecer a Linha Limítrofe Norte, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) depois da Guerra da Coreia (1950-1953). Desde então, os dois países continuam oficialmente em guerra, já que nunca formalizaram um acordo de paz. Para Pyongyang, a linha divisória traçada pela ONU deveria estar situada ao sul do limite atual.Ontem, o Estado-Maior Militar da Coreia do Sul disse não ter registrado movimentos anormais do lado norte-coreano da fronteira marítima entre os dois países, onde já ocorreram diversos confrontos navais.Em novembro, houve uma troca de tiros entre embarcações das duas Marinhas. Segundo a Coreia do Sul, um bote norte-coreano foi atingido e recuou em chamas. Não houve informações sobre vítimas. Em janeiro, a Marinha da Coreia do Norte disparou 370 obuses em direção ao mar, na fronteira com a Coreia do Sul. / REUTERS, AP E AFP

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