O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, anunciou nesta segunda-feira, 29, a possibilidade de uma mina norte-coreana da época da Guerra da Coreia (1950-53) ter causado a explosão que provocou o naufrágio de um navio do país na sexta-feira passada.
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"Existe a possibilidade de uma mina norte-coreana ter chegado a águas sul-coreanas", disse o ministro à comissão de Defesa do Parlamento, segundo a agência local "Yonhap".
As autoridades militares da Coreia do Sul intensificaram hoje as buscas pelos 46 desaparecidos no afundamento da embarcação, cuja popa foi encontrada por mergulhadores a 40 metros de profundidade.
O navio "Cheonan", de 1.200 toneladas e com 104 tripulantes a bordo, afundou na noite de sexta-feira, em uma área do Mar Amarelo próxima à fronteira com Coreia do Norte.
As causas da explosão responsável pelo naufrágio ainda não foram esclarecidas. Ao todo, 58 marinheiros foram resgatados em um primeiro momento, entre eles o capitão do navio.
Segundo o ministro da Defesa sul-coreano, a Coreia do Norte comprou cerca de 4 mil minas marinhas da extinta União Soviética (URSS) durante a Guerra da Coreia (1950-1953), das quais aproximadamente 3 mil ainda estariam espalhadas no Mar Amarelo (Mar Ocidental) e no Mar do Japão (Mar do Leste).
Segundo Kim, nem todas as minas foram eliminadas após a Guerra da Coreia, apesar de muitas terem sido retiradas do mar.
O ministro disse ainda o explosivo responsável pelo naufrágio não era da Coreia do Sul e que também não há indícios de que a explosão foi causada por um torpedo lançado de um navio da Coreia do Norte.
Segundo as autoridades militares, a explosão partiu o casco da embarcação em dois. A popa afundou em poucos minutos, enquanto a outra metade permaneceu sobre a água por cerca de três horas.
Especialistas disseram que os desaparecidos conseguiriam sobreviver 69 horas dentro de compartimentos fechado do casco que afundou. Mas esse prazo terminou nesta segunda-feira.