NOVA YORK- Um alto oficial sul-coreano afirmou nesta quinta-feira, 15, que um exercício militar conjunto entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul irá ocorrer como o planejado, apesar de protestos da China e da Coreia do Norte.
O exercício naval seguirá em frente "em um futuro próximo". Um porta-aviões americano, no entanto, só terá participação no Mar Leste, e não no Mar Amarelo, próximo a águas chinesas, afirmou o vice-ministro de Defesa sul-coreano, Chang Soo-man.
"Eu não acredito que a China terá uma reação severa, porque a principal exigência chinesa era a de que não houvesse um navio americano" próximo ao seu território, disse Chang, o número dois no Ministério de Defesa Nacional.
Em entrevista coletiva concedida ontem, Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, afirmou que "todos esses exercícios têm natureza defensiva, mas vão enviar uma mensagem clara de dissuasão para a Coreia do Norte e demonstrar nosso inabalável comprometimento com a defesa da Coreia do Sul".
O Ministério de Relações Exteriores chinês reiterou nesta quinta suas objeções ao exercício, afirmando que eles iriam ameaçar os interesses chinesas e desestabilizar uma região já tensa.
As tensões entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte aumentaram desde o afundamento do navio de guerra sul-coreano Cheonan, no fim de março, que causou a morte de 46 marinheiros.
Naufrágio
Uma investigação internacional concluiu que a Coreia do Norte havia sido responsável pelo afundamento do navio, mas Pyongyang nega qualquer responsabilidade pelo incidente.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou o afundamento do Cheonan, mas não culpou diretamente o governo norte-coreano.