
24 de novembro de 2010 | 03h42
SEUL - Seul considerou nesta quarta-feira, 24, que o ataque norte-coreano contra uma ilha da Coreia do Sul, na terça-feira, foi planejado para "consolidar" o processo de sucessão do líder norte-coreano, Kim Jong-il, em favor do seu filho mais novo.
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"Achamos que a Coreia do Norte realizou o ataque para consolidar o processo de sucessão do país mostrando a liderança de Kim Jong-un", indicou o titular de Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, referindo-se ao mais novo dos filhos do líder norte-coreano.
Em setembro, Kim Jong-il, de 68 anos, indicou como seu provável sucessor Kim Jong-um - a quem é atribuída a idade de 27 anos - ao convocá-lo para a cúpula do poder do regime comunista.
Segundo o ministro sul-coreano de Defesa, o ataque, que deixou dois militares sul-coreanos mortos e feriu 18 pessoas - sendo três civis -, foi proposital, poucos dias depois de terem sido reveladas informações sobre o aparente desenvolvimento do programa norte-coreano para enriquecer urânio.
O ministro da Defesa sul-coreano insistiu que Seul responderá com firmeza se a Coreia do Norte realizar novas provocações, detalhando que as tropas de Pyongyang efetuaram 170 disparos de artilharia, dos quais 80 atingiram a ilha de Yeonpyeong, perto da fronteira dos dois países no Mar Amarelo.
Enquanto o exército sul-coreano e as tropas dos Estados Unidos no país asiático continuam em alerta, o Ministério de Exteriores da Coreia do Sul convocou todos os embaixadores estrangeiros em Seul para expor-lhes, nesta quarta-feira, a situação e tentar obter apoio.
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