Sharif retorna ao Paquistão durante estado de exceção

Sharif, líder da opositora Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), retorna para liderar seu partido a fim de fortalecer a frente contra Musharraf, que declarou o estado de exceção no Paquistão

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O ex-primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif deve voltar neste domingo ao Paquistão vindo da Arábia Saudita, sua segunda tentativa de retornar ao país depois que, em setembro, o regime de Pervez Musharraf lhe deportasse logo após aterrissar em Islamabad.   Sharif, líder da opositora Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), retorna para liderar seu partido a fim de fortalecer a frente contra Musharraf, que declarou o estado de exceção no Paquistão no dia 3 de novembro.   Segundo fontes de sua legenda, o ex-premier deve aterrissar em Lahore, no leste do país, entre 15h e 17h (8h e 10h de Brasília), em um avião colocado à disposição pelo rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz.   Segundo o jornal "Dawn", milhares de ativistas do PML-N se mobilizaram em função da chegada de Sharif, mas eles não poderão chegar ao aeroporto por motivos de segurança.   No dia 18 de outubro, 140 pessoas morreram na cidade sulina de Karachi quando dois suicidas detonaram explosivos na passagem do veículo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que tinha retornado a seu país horas antes depois de quase nove anos de exílio.   No caso de Sharif, no entanto, um porta-voz do ex-chefe de Governo precisou que o PML-N não pediu medidas de segurança especiais, já que "não há nenhuma ameaça".   Sharif foi deposto do Governo em 1999 pelo golpe de Estado no qual o general Musharraf assumiu o poder.

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