O primeiro-ministro Ariel Sharon acusou a unidade de guarda-costas de Yasser Arafat de promover ataques terroristas contra Israel e disse neste domingo que não era possível promover negociações de paz com o líder palestino no atual clima de violência. Sharon, no cargo há menos de uma semana, vinha sendo contido e diplomático quando falava de seu rival de longa data e mantinha aberta a possibilidade de uma reunião em breve. Mas numa entrevista neste domingo ao Fox News Channel, o novo líder israelense criticou duramente Arafat e disse que não havia planos para conversações. "A maior parte dos ataques terroristas atualmente é promovida pelas forças armadas palestinas, pelos serviços de segurança e mesmo pelas (forças) mais próximas a Arafat, ou seja, o que vocês chamam de Força 17, a guarda presidencial", disse Sharon. Sharon afirmou que Arafat controla as forças de segurança palestinas e poderia também reprimir militantes palestinos se quisesse. "Mas Arafat nunca tomou qualquer medida preventiva contra a infra-estrutura das organizações terroristas", acrescentou Sharon. Também neste domingo, Sharon disse à revista Newsweek que não pretende reocupar os territórios atualmente sob administração palestina, conforme exigem elementos da linha dura de Israel. "A situação é irreversível e não penso que devamos intervir" afirmou Sharon. Ele ressalvou, porém, que "isto não significa que Israel não deva agir contra pessoas que ali se escondam".