Sharon declara "guerra ao terrorismo" e acusa Arafat

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, declarou hoje uma "guerra contra o terrorismo" e disse que o líder palestino Yasser Arafat é o responsável pelos ataques contra cidadãos israelenses neste final de semana, que deixaram quase 28 mortos e mais de 200 feridos Sharon afirmou que Israel irá agir com todos os meios à sua disposição. Ele falou num discurso televisionado à nação pouco antes de uma reunião ministerial que deverá decidir novas represálias aos dois ataques suicidas promovidos por militantes palestinos. Sharon comparou a campanha de Israel à lançada pelos Estados Unidos contra Osama bin Laden. "Assim como os Estados Unidos agem em sua batalha contra o terrorismo mundial, sob a corajosa liderança do presidente Bush, assim devemos fazer com todos os meios à nossa disposição", disse Sharon. Sharon não comentou os esforços da Autoridade Palestina para prender militantes islâmicos. Cerca de 110 membros dos grupos Hamas e Jihad Islâmica foram detidos desde domingo. O líder israelense não disse exatamente quais novas medidas serão tomadas, mas responsabilizou diretamente Arafat "por tudo". Ele afirmou que Israel irá "perseguir aqueles responsáveis pelo terrorismo: aqueles que o praticam, e aqueles que os assistem, e eles vão pagar o preço". Sharon não respondeu diretamente quando perguntado se os membros pacifistas de seu governo apóiam ataques contra a Autoridade Palestina. "Arafat é o principal impedimento à paz e à estabilidade no Oriente Médio. Arafat não conseguirá enganar o governo que lidero. Arafat escolheu o caminho do terror, tentando conseguir ganhos diplomáticos através de assassinatos", acusou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.