Sharon diz que não cederá para ajudar os EUA

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Por Agencia Estado
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O governo do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon não está disposto a fazer concessões aos palestinos para ajudar seus aliados norte-americanos a formar uma grande coalizão contra o terrorismo. "Nossa resposta é clara. Não estamos dispostos a pagar nenhum preço para a constituição dessa coalizão", afirmou o premier em uma entrevista concedida à televisão pública e em uma outra publicada pelo jornal Jerusalem Post. O preço a pagar - como Washington deixou entrever ao Estado judeu - consistiria em frear a escalada militar contra os palestinos e na retomada do diálogo com o presidente palestino, Yasser Arafat, para obter uma relativa calma, permitindo a um grande número de países árabes entrar na coalizão. Com o início do Ano-Novo judaico (o 5.762º desde a criação do universo, segundo a narração do Velho Testamento), Sharon deu uma série de entrevistas aos meios de informação locais para assegurar aos israelenses que, em um futuro imediato, não há previsão de que seu país se veja envolvido em um conflito regional. Para Sharon, na grande coalizão que os Estados Unidos tentam construir, Arafat "encontra-se do lado dos maus". "Tempos atrás, os palestinos planejavam derrubar o arranha-céu Shalom de Tel Aviv", afirmou Sharon. "Agora, se puderem, fariam cair as Torres Azryeli (que são muito mais altas)".

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