Sharon e Barak tentam acordo para se unir

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os campos políticos rivais de Israel, liderados pelo primeiro-ministro eleito, Ariel Sharon, e o primeiro-ministro em exercício, Ehud Barak, se aproximaram com o objetivo de formar um governo de união que iria diminuir a abrangência de qualquer acordo de paz com os palestinos, uma vez que o Partido Likud, conservador, e os partidos pequenos são contrários ao acordo de paz proposto pelo Partido Trabalhista, de Barak. As perspectivas de Sharon permanecer no poder até o fim de seu mandato, em novembro de 2003, aumentarão consideravelmente caso ele conclua um acordo de coalizão com os trabalhistas. Um esboço de acordo de coalizão foi feito durante a madrugada desta terça-feira por negociadores do Likud, de Sharon, e os trabalhistas, mas Barak pediu para revê-lo com a intenção de promover algumas mudanças, afirmou o porta-voz de Sharon, Raanan Gissin. "Se Barak não aparecer com uma surpresa de último minuto... o acordo está feito", disse Gissin. Mas a negociadora trabalhista Dalia Itsik disse que o otimismo era enganador e que muitas questões ainda têm de ser resolvidas. Os dois lados ainda não concordaram sobre a distribuição de ministérios, mas Sharon tem oferecido aos trabalhistas duas ou três importantes pastas - Defesa, Exterior e Finanças. Sharon quer que Barak seja seu ministro da Defesa, e o velho estadista trabalhista Shimon Peres, seu ministro do Exterior. Um governo conjunto iria buscar apenas acordos parciais com os palestinos, disse Gissin. Os palestinos têm descartado tais propostas, dizendo que o tempo de acordos interinos já passou e que chegou a hora de se alcançar um tratado final.

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