27 de dezembro de 2010 | 00h00
A empreitada só foi possível, de um lado, porque Israel afrouxou o embargo de alimentos e roupas, em junho, graças à pressão internacional, após o ataque de Israel à flotilha turca que levava ajuda humanitária à Gaza, que deixou nove mortos a bordo.
De outro e, talvez, principalmente, por uma mudança ainda muito discreta na política do governo de facto do Hamas. Inclui esforços em relações públicas, um discurso mais brando junto à comunidade internacional sobre Israel e alguma forma de escape do cotidiano sufocante para os palestinos em Gaza.
Nos últimos meses, o grupo extremista que controla Gaza autorizou também a abertura de uma escola de surf para meninas nas águas de Gaza e um parque aquático e de diversões infantil à beira-mar, o Acqua Fun.
Anexo ao parque, funciona um restaurante com música ao vivo, onde as mulheres fumam e algumas ousam exibir os cabelos. "Eles tentaram proibir, mas o que há de errado com isso? E por que só as mulheres não poderiam fumar? A minha é muçulmana, fumava e, nos tempos dela, usava minissaia", diz Heba Arief, de 32 anos.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.