Signatários do TNP concordam com Oriente Médio livre de armas nucleares

Documento final da reunião de revisão do tratado prevê conferência com países da região em 2012

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NOVA YORK - Os 189 países membros do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) adotaram nesta sexta-feira, 28, um detalhado plano de pontos que devem ser seguidos para que o mundo chegue ao desarmamento nuclear total, incluindo esforços por um Oriente Médio livre de armar atômicas.

 

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Os documento final de 28 páginas foi aprovado por consenso entre todos os signatários do TNP no último dia da reunião que começou no dia 3 de maio para reafirmar os compromissos do acordo.

 

Entre os pontos acordados está o comprometimento das cinco potências nucleares - EUA, China, Rússia, Reino Unido e França, todos os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU - a acelerar a redução de seus arsenais e tomar mais atitudes para diminuir a influência das armas atômicas. Os progressos deverão ser informados no ano de 2014.

 

O texto também estipula a convocação de uma conferência em 2012 que visa "o estabelecimento de um Oriente Médio livre de armas nucleares e outros dispositivos de destruição em massa". Este ponto foi elaborado pelos países da Liga Árabe para que Israel seja pressionado a assinar o TNP.

 

Os principais temores da comunidade internacional frente a um Oriente Médio nuclear recaem sobre o Irã. As potências acreditam que Teerã enriqueça urânio para produzir armas, o que o governo nega. Por isso, o Conselho de Segurança estuda a aplicação de sanções contra o país persa.

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Israel, porém, também tem sido objeto de pressões internacionais. O Estado judeu não nega nem confirma que tem armas nucleares, mas especialistas dizem que o pais mantém um arsenal atômico. Israelenses e iranianos se acusam mutuamente de serem "uma ameaça" à região.

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