Sindicato dos Atores dos EUA denuncia lista negra

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos denunciou em seu site na internet que há pressões no meio cinematográfico e da TV para que atores que são contra a deflagração de uma guerra ao Iraque percam seu direito a trabalhar. O Sindicato pede que não sejam feitas listas negras de atores contra a guerra, tal como foi feito nos anos 50 com pessoas do cinema que apoiavam ou eram suspeitos de simpatizar com o comunismo. "Alguns sugeriram recentemente que indivíduos bem conhecidos que expressam visões ´inaceitáveis´ deveriam ser punidos perdendo seu direito ao trabalho", afirmou a Sindicato em seu site na internet. "Mesmo uma sugestão de lista negra nunca mais pode ser tolerada nesta nação", acrescentou. E menciona a época das listas negras do macarthismo, nos anos 50: "durante esse vergonhoso período, nossa indústria curvou-se diante de campanhas sujas e caça às bruxas ao invés de resistir com base nos princípios afirmados nos documentos fundamentais da nação", diz o comunicado. O ator Martin Sheen recentemente denunciou que altos executivos da rede NBC disseram estar "muito inconfortáveis" com sua aberta oposição à guerra com o Iraque. Sheen, que interpreta o presidente dos EUA em The West Wing, disse que a rede teme que sua posição prejudique a série da tevê. Um porta-voz da NBC negou que os executivos da rede tenham expressado tais preocupações. No mês passado, Sean Penn entrou com um processo acusando o produtor Steve Bing de ter renegado um contrato sobre sua participação num futuro filme chamado Why Men Shouldn´t Marry, pela qual receberia US$ 10 milhões, depois que Penn disse que era contra a guerra no Iraque. Bing nega a acusação e alega que foi Sean Penn quem abandonou o projeto.

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