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Sindicatos americanos opõem-se à guerra "neste momento"

Por Agencia Estado
Atualização:

A maior federação de sindicatos dos Estados Unidos declarou sua oposição à guerra contra o Iraque no atual momento, sob a alegação de que o presidente George W. Bush não expôs argumentos convincentes para atacar sem apoio dos aliados. O conselho executivo da AFL-CIO, formada por 65 sindicatos, encerrou sua reunião de quatro dias com a aprovação, por unanimidade, de uma resolução com palavras escolhidas a dedo e que também diz que Saddam Hussein deve ser desarmado, mas apenas "uma ação multilateral por resolver o assunto, e não unilateral". A organização sindical reservou palavras duras para Bush. Sem citá-lo nominalmente, os trabalhadores organizados acusaram o governo norte-americano de dissipar toda a boa vontade resultante dos atentados de 11 de setembro de 2001, e insultar as nações aliadas. "O presidente não cumpriu com sua responsabilidade de fornecer uma explicação coerente ao povo norte-americano e ao mundo", diz a resolução. Os sindicatos dos EUA normalmente apoiavam ações militares no passado, tendo fornecido inclusive forte apoio à Guerra do Vietnã. "Devido aos padrões históricos, isto é incomum e muito significante", disse Robert Bruno, professor de assuntos trabalhistas da Universidade de Illinois.

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