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SIP critica 'escalada contra liberdade de imprensa' na Argentina

Governo Kirchner proíbiu grupo Clarín de vender banda larga e ameaça empresa de papel jornal

Por Efe
Atualização:

MIAMI - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) expressou nesta segunda-feira, 23, a sua preocupação com o que chamou de vontade do governo da Argentina de controlar os meios de comunicação independentes. O órgão disse ainda estar preocupado com as medidas adotadas recentemente no país, que conformam uma escalada perigosa contra a liberdade de expressão.

O presidente da SIP, Alejandro Aguirre, afirmou em comunicado que o órgão observa com muita preocupação a disputa do governo contra meios de comunicação críticos e também o modo pelo qual a liberdade de imprensa pode sofrer com interesses políticos. "Uma interferência do governo afetará todos os argentinos, que terão menos fontes de informação", disse Aguirre, que considera enviar uma missão da SIP ao país. No final de semana, a presidente Cristina Kirchner anunciou que deve dar um parecer sobre a Papel Prensa, a principal fabricante de papel jornal do país, da qual o Estado, o grupo Clarín e o La Nación são acionistas. Na semana passada, Cristina revogou a licença da Fibertel, empresa de Banda Larga do grupo Clarín, sob acusação de irregularidades na fusão com a Cablevisión, em 2002.

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