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SIP pede garantias à segurança de jornalistas no Brasil

Ataque atribuído ao PCC ao jornal Tribuna Livre provocou o pedido

Por Agencia Estado
Atualização:

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pediu ao Brasil que garanta a segurança dos jornalistas e dos meios de comunicação, após o ataque ao diário "Tribuna Livre", de São Sebastião, no litoral norte do Estado de São Paulo. No último dia 18, quatro encapuzados, armados com escopetas e pistolas, invadiram a sede do jornal. Segundo declarações à imprensa do editor-chefe do "Tribuna Livre", Igor Verltan, os agressores, supostamente ligados ao crime organizado, "ordenaram que todos se retirassem e queimaram a impressora". "Enquanto incendiavam tudo, diziam que não devíamos informar mais nada sobre o PCC", completou. O Primeiro Comando da Capital é um "grupo criado dentro de prisões nos anos 1990. O PCC iniciou ataques simultâneos desde 12 de maio contra instalações de segurança pública, bases militares, bancos, além do diário ´Tribuna Livre´, entre outros alvos. Até 19 de maio tinham sido registrados 170 mortos", de acordo com a SIP. O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Gonzalo Marroquín, pediu às autoridades que "iniciem imediatamente uma investigação até levar os culpados à Justiça". Garantia de segurança "Por outro lado, pretendemos que os cidadãos tenham mantido seu direito de acesso à informação, com a garantia da segurança dos jornalistas e dos meios de comunicação", acrescentou. Além disso, Marroquín, diretor do diário guatemalteco "Imprensa Livre", denunciou outras agressões registradas contra jornalistas. A fotógrafa Marizilda Cruppe, do jornal "O Globo" foi agredida em 10 de maio por "partidários e seguranças do ex-governador fluminense Anthony Garotinho". No último dia 2, foi a vez do jornalista Antônio Luiz Camelo de Sá, da rádio comunitária "FM Quiterianópolis", que recebeu "três disparos no braço direito". Segundo a SIP, "o agressor recriminou o jornalista por criticar, em seu programa seu pai, o prefeito da cidade, Francisco Vieira Costa".

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