
18 de novembro de 2011 | 18h41
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que a situação na Síria pode estar caminhando para uma guerra civil. "Eu penso que poderia acontecer uma guerra civil na Síria, com uma oposição bem determinada e financiada, que se não for dirigida, certamente é influenciada por desertores do exército", disse Hillary em Washington. Ela responsabilizou o regime do autocrata sírio Bashar Assad pela escalada na violência. "A maneira como o regime respondeu aos manifestantes levou as pessoas a pegarem armas para lutar contra o governo".
A Liga Árabe havia proposto mandar 500 integrantes de grupos dos direitos humanos, médicos, representantes da mídia e observadores militares à Síria, que afirmou que eles seriam bem-vindos para ver a situação de perto e ajudar a implementar um plano de paz. Na quarta-feira, os líderes árabes deram ao presidente sírio Bashar Assad três dias para deter sua "repressão sangrenta" aos protestos sob risco de sanções, além de suspenderem o país do grupo. A Liga Árabe teria concordado em reduzir o número de observadores de 500 para 40, disse Ibrahim el-Zafarani, médico egípcio que é membro da União Médica Árabe e que deverá fazer parte da missão à Síria.
Nesta sexta-feira, as forças de segurança sírias mataram pelo menos 16 pessoas ao abrirem fogo para dispersar manifestantes. No entanto, a televisão estatal disse que três integrantes das forças de segurança também foram mortos e um oficial ficou seriamente ferido por uma explosão de bomba na cidade de Hama.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.