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Síria alerta ONU que rebeldes podem usar arma química

Por AE
Atualização:

A Síria alertou a Organização das Nações Unidas neste sábado que os rebeldes contrários ao governo do ditador Bashar Assad podem empregar armas químicas depois que conquistaram o controle de uma fábrica de produção de cloro tóxico no leste da cidade de Alepo. "Os grupos terroristas podem recorrer ao uso de armas químicas contra o povo sírio", destacou o Ministério das Relações Exteriores. O órgão enviou cartas separadas para o Conselho de Segurança da ONU e para o secretário-geral Ban Ki-moon, reiterando que o governo sírio "não usaria armas químicas em qualquer circunstância".Por outro lado, o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, advertiu que há evidências de que o governo sírio poderia utilizar armas químicas em conflito com os rebeldes que tentam derrubá-lo. "Estamos extremamente preocupados com os estoques de armas químicas e biológicas e também com evidências que surgiram nas últimas semanas de que o regime poderia usá-las", disse Hague a jornalistas em Manama, nos bastidores de uma conferência sobre segurança regional. Ele disse ainda que a Grã-Bretanha se juntou aos Estados Unidos para passar uma mensagem firme ao governo de Bashar Assad. "Temos planos de contingência sobre armas químicas, mas não vamos revelá-los", acrescentou. Hague destacou ainda que há vários "cenários perigosos" para esse tipo de arma, incluindo a sua "utilização pelo regime, ou caso caiam na mão de outras pessoas". Também neste sábado o secretário-geral do novo grupo oposicionista Coalizão Nacional, Mustafa Sabbagh, disse que anunciará a criação de um conselho militar para unificar os focos de insurgência antes de uma reunião dos "Amigos da Síria", que será realizada em 12 de dezembro.O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados informou neste sábado que 63.496 refugiados sírios haviam fugido para o vizinho Iraque até a última quarta-feira, devido ao intenso combate entre as forças leais ao presidente Bashar Assad e os rebeldes que lutam para derrubá-lo. A maioria deles - 54.550 - estavam na região autônoma do Curdistão, no norte do país, enquanto 8.852 foram localizados na província de Anbar, no oeste, e 94 em outras províncias. O conflito na Síria também fez com que 58.213 iraquianos que viviam na Síria voltassem ao seu país de origem desde 18 de julho. As informações são da Dow Jones.

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