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Síria cometeu crimes de guerra antes da trégua imposta pela ONU, diz ONG

Grupo de direitos humanos Human Rights Watch citou ofensivas contra oposição

Por Reuters
Atualização:

BEIRUTE - Forças do governo da Síria mataram pelo menos 95 civis, muitos a sangue frio, e destruíram centenas de casas em uma ofensiva de duas semanas na província de Idlib, norte do país, durante as negociações de cessar-fogo, afirmou o grupo de direitos humanos Human Rights Watch nesta quarta-feira, 2.Veja também:

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linkONU tenta aumentar número de observadores na SírialinkForças sírias matam 9 pessoas da mesma famíliatabela ESPECIAL: Primavera ÁrabeO grupo de defesa baseado em Nova York afirmou que os crimes de guerra foram cometidos durante a ofensiva contra redutos da oposição em março e abril, enquanto o enviado de paz internacional da ONU, Kofi Annan, tentava acabar com o conflito na Síria, que já duram mais de um ano."Em nove incidentes separados documentados pela HRW as forças do governo executaram 35 civis sob sua custódia. A maioria das execuções teve lugar durante o ataque a Taftanaz, uma cidade com cerca de 15.000 habitantes a nordeste de Idlib, em 3 e 4 de abril", disse o grupo em um relatório.Investigadores do HRW observaram marcas de balas na parede que formavam uma linha de 50 a 60 cm acima do chão, acrescentou o relatório, aproximadamente a altura de uma pessoa ajoelhada."Enquanto diplomatas discutiam sobre detalhes do plano de paz de Annan, tanques sírios e helicópteros atacaram uma cidade após a outra em Idlib ", relatou a diretora associada do programa e emergências da HRW, Anna Neistat, em um comunicado que acompanha o relatório com base em uma investigação de campo em Idlib, realizada no final de abril."Onde quer que fôssemos, nós vimos casas, lojas e carros queimados e destruídos, e ouvimos de pessoas cujos parentes foram mortos. Era como se as forças do governo sírio usassem todos os minutos antes do cessar-fogo para causar danos ", disse ela.O governo sírio não se pronunciou sobre o relatório da Human Rights Watch. Ele acusa estrangeiros apoiados por grupos armados de estarem por trás da violência e de matar mais de 2.600 soldados e policiais desde que a revolta contra o presidente Bashar al-Assad começou.A ONU diz que as forças de Assad já mataram mais de 9.000 pessoas desde o levante iniciado em março de 2011.

 

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