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Síria desiste de vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Kuwait assumirá candidatura; Ocidente pressinou Damasco devido a repressão a protestos

Atualização:

NOVA YORK - A Síria retirou sua candidatura a uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira, 11, em razão da forte repressão do governo contra manifestantes da oposição.

 

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Países ocidentais haviam feito forte pressão diplomática para impedir os esforços da Síria de participar do conselho. O Kuwait vai tomar o lugar da Síria no grupo de países asiáticos indicados para ocupar as cadeiras no conselho, sediado em Genebra, a partir do ano que vem.

 

 

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"A Síria se retirou durante uma reunião do grupo asiático e seu lugar foi tomado pelo Kuwait", afirmou Manjeev Singh Puri, vice-embaixador da Índia na ONU, que participou da reunião. O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, descreveu a medida como uma troca, dizendo que seu país vai participar da próxima rodada de eleições para o conselho, daqui a dois anos.

 

A França, a Grã-Bretanha, os EUA e outros países ocidentais fizeram lobby contra a Síria, principalmente após o início da repressão contra os manifestantes da oposição, que segundo estimativas já deixou centenas de mortos.

 

Um porta-voz da missão britânica disse que a retirada da Síria foi "a melhor coisa que podia acontecer". "Nós consideramos que é absolutamente inapropriado para um país que realiza uma violenta repressão contra manifestantes pacíficos buscar a participação no Conselho de Direitos Humanos", disse o porta-voz. As informações são da Dow Jones.

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