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Síria diz que rebeldes mataram 120 membros de forças de segurança

Número de baixas do lado do governo não pôde ser confirmado de maneira independente.

Por BBC Brasil
Atualização:

Informações divulgadas pela TV estatal da Síria nesta segunda-feira dão conta de que pelo menos 120 integrantes das forças de segurança do país teriam morrido em confrontos com rebeldes na cidade de Jisr al-Shughour, no nordeste do país. A TV síria disse que centenas de homens armados conquistaram partes de Jisr al-Shughour, atacando prédios do governo e incendiando-os. Segundo a TV, estes homens usaram armas leves, granadas e explosivos. Eles teriam feito uma armadilha contra policiais que se deslocavam para a cidade. Ainda de acordo com a emissora estatal, pelo menos 82 homens teriam sido mortos em um ataque a um posto policial em Jisr al-Shughour. Em um comunicado divulgado pela televisão, o Ministério do Interior da Síria afirmou que agirá de maneira "firme", "de acordo com a lei" e que "não ficará em silêncio diante de ataques armados que têm como alvo a segurança dos cidadãos". Desde o último sábado, não é possível obter informações independentes vindas da cidade, que fica próxima à fronteira com a Turquia. Importância O correspondente da BBC no vizinho Líbano Jim Muir disse que este parece ser o mais sério ato de resistência até agora ao governo e a primeira vez que a administração do presidente Bashar al-Assad admitiu perder tantos homens. Muir diz que há pouca informação online sobre o ataque, mas um site afirma que a cidade foi cercada e alguns membros das forças de segurança teriam trocado de lado. No domingo, ativistas dizem que pelo menos 35 pessoas morreram, incluindo policiais, na cidade. A imprensa internacional atua de forma muito restrita na Síria e detalhes destes relatos não podem ser confirmados de forma independente. Os protestos pela renúncia de Assad, inspirados pelos levantes populares que derrubaram os governo de Tunísia e Egito, vêm ocorrendo há meses na Síria. Eles começaram em março na cidade de Deraa e se espelharam por várias cidades. Assad, cuja família dirige a Síria há quatro décadas, prometeu introduzir reformas, mas seus oponentes exigem que ele deixe o poder. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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