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Síria e Irã criticam EUA no combate ao Estado Islâmico

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Por Redação
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Autoridades sírias e iranianas criticaram o governo Barack Obama nesta quinta-feira por excluírem seus países da coalizão internacional que está se formando para combater o grupo Estado Islâmico. Por outro lado, o principal bloco opositor sírio, a Coalizão Nacional Síria, que é apoiada pelo ocidente, saudou a autorização de Obama para o ataque contra extremistas em território sírio, afirmando estar "pronta e disposta" a entrar na parceria da comunidade internacional para derrotar os militantes. Mas, para o grupo, os ataques aéreos norte-americanos precisam estar alinhados a uma estratégia que leve, no final, à queda do presidente sírio Bashar Assad. Políticos curdos no Iraque também elogiaram o anúncio de Obama sobre as ações de ajuda para as forças iraquianas. "Nós saudamos esta estratégia, declarou Hoshyar Zebari, político curdo e um dos recém empossados vice-primeiros-ministros do Iraque. "Nós achados que essas ações acontecerão em cooperação com as forças locais, como as Forças de Segurança Iraquianas, os peshmerga curdos e outras forças.""Há uma necessidade urgente para ação. As pessoas não podem se sentar sobre o muro. Esta é uma ameaça mortal para todos", declarou ele à Associated Press. Os Estados Unidos começaram a lançar ataques aéreos limitados contra o grupo Estado Islâmico no Iraque há pouco mais de um mês, a pedido do ex-primeiro-ministro Nouri el-Maliki. O ministro de Relações Exteriores sírio, Walid al-Moallem, advertiu no mês passado que se os Estados Unidos realizassem ataques aéreos contra seu território sem o consentimento de Damasco, as ações seriam consideradas uma agressão. "Eu me pergunto como uma coalizão internacional pode ser formada e a Síria, que é alvo de terrorismo, ser colocada de lado?", questionou Sharif Shehadeh, membro do Legislativo sírio. Ele disse que violar a soberania síria terá "repercussões negativas sobre a segurança internacional e regional", embora não tenha explicado o significado dessas palavras. O presidente do Irã, Hassan Rouhani, cujo país é forte aliado de Assad, também disse nesta quinta-feira que a cooperação regional e internacional será vital, embora o país não tenha sido convidado para participar da coalizão contra o Estado Islâmico. As declarações de Rouhani foram feitas durante uma visita oficial ao Tajiquistão. Em Teerã, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Marzieh Afkham, disse que a coalizão contra o grupo Estado Islâmico apresenta "sérias ambiguidades", segundo publicou a agencia oficial de notícias Irna nesta quinta-feira. Ela acrescentou que o Irã tem dúvidas sobre a seriedade da coalizão, porque alguns de seus membro têm apoiado terroristas no Iraque e na Síria. Fonte: Associated Press.

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