
26 de abril de 2012 | 08h38
BEIRUTE - A mídia estatal síria acusou nesta quinta-feira, 26, oposicionistas do regime de Bashar Assad de terem acidentalmente detonado explosões que ontem mataram pelo menos 16 pessoas e destruíram áreas residenciais da cidade central de Hama.
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Ativistas sírios, no entanto, têm uma versão diferente do que aconteceu e falam que forças do regime bombardearam o bairro nesta quarta-feira, 25, habitado por uma maioria de famílias vindas de Homs, fugindo da repressão.
Opositores dizem que 70 pessoas morreram nos ataques, a Rede Síria de Direitos Humanos apontou 68 vítimas e a Comissão Geral da Revolução Síria calculou 71.
Não foi possível fazer uma avaliação independente dos relatos porque o governo sírio, que há treze meses enfrenta um levante popular, restringiu o acesso de jornalistas e outras testemunhas à cidade.
Com o prosseguimento da violência na Síria, apesar do acordo de cessar-fogo patrocinado pela ONU e que entrou em vigor no último dia 12, a comunidade internacional está ficando cada vez mais impaciente com o regime de Assad.
Na quarta-feira, a França levantou a possibilidade de intervenção militar na Síria e disse que a ONU deveria considerar medidas mais duras se fracassar o plano de paz elaborado pelo ex-secretário geral da entidade e mediador do conflito, Kofi Annan.
As informações são da Associated Press, Efe e AE.
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