Síria inicia eleições legislativas em áreas controladas pelo governo

Cerca de 3.450 candidatos disputam as 250 cadeiras do Parlamento unicameral. Esta é a segunda eleição desde o início da guerra em 2011

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Por Redação
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DAMASCO - Os centros eleitorais sírios abriram nesta quarta-feira, 13, para o pleito que renovará as 250 cadeiras do Parlamento unicameral e que se desenvolverá em meio ao cessar-fogo no país, informou a emissora de televisão oficial.

A abertura dos centros eleitorais foi às 7h locais (1h de Brasília) e seu fechamento será às 19h (13h de Brasília), mas a Comissão Judicial Suprema para as Eleições (CJSE) pode estender o horário de votação por até cinco horas.

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O pleito acontece nas áreas controladas pelo governo em todas as províncias, exceto em Raqqa e Idlib, no norte do país.

Raqqa está sob domínio do grupo jihadista Estado Islâmico, enquanto Idlib está, em sua maior parte, nas mãos da Frente Al-Nusra - grupo sírio ligado à Al-Qaeda - e de seus aliados.

Esta é a segunda eleição desde o início da guerra em 2011. Cerca de 3.450 candidatos se apresentaram nestas eleições para as quais foram habilitados 7.191 centros de votação.

Os muros de Damasco estão cobertos com cartazes de candidatos, mas no teto de um dos maiores edifícios da cidade está uma propaganda do partido Baath, que governa o país há mais de 50 anos, com a frase "As eleições da resistência".

Estas eleições são "ilegítimas" para os opositores dentro e fora do país, assim como para os países ocidentais. Mas a Rússia, grande aliada do regime, considera que estão "de acordo com a atual Constituição síria".A ONU defende a celebração de eleições gerais em 2017.

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O pleito se desenvolve no meio de um cessar-fogo, que foi iniciado em fevereiro e reduziu os níveis de violência no território sírio.

Além disso, as eleições coincidem com o início de uma nova rodada de negociações em Genebra entre uma delegação do governo e outra da oposição. No entanto, as autoridades serão incorporadas à mesa de negociações apenas na sexta-feira em razão da realização das eleições. /EFE e AFP

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