ABU DHABI - As sanções dos países ocidentais contra a Síria tiveram pouco efeito sobre o país árabe, que não espera sofrer retaliações semelhantes das nações vizinhas, disse nesta terça-feira, 6, o ministro de Finanças sírio, Mohammed Al Jleilati.
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"Os investimentos europeus são poucos na Síria...os investimentos árabes e estrangeiros na Síria permanecem limitados e nós dependemos das nossas próprias reservas. Não vemos nossos irmãos árabes tomarem passos semelhantes aos da União Europeia e dos Estados Unidos", disse Al Jleilati.
A União Europeia (UE) recentemente seguiu os EUA e aplicou sanções econômicas sobre a Síria, como o veto à importação de petróleo sírio. A UE também sancionou funcionários do governo sírio, acusados de participarem da violenta repressão à revolta dos civis contra o governo do presidente Bashar Assad.
"Nós não tivemos nenhuma ajuda de nenhum país... E podemos pagar facilmente nossa dívida externa", disse Jleilati. Segundo ele, a dívida externa síria está ao redor de US$ 4 bilhões. Ele afirmou que a dívida é antiga e o país não fez novos débitos. "Nossa dívida foi feita com o Fundo Monetário Árabe, com outros fundos árabes, Rússia e China", completou.
Novas sanções
Diplomatas do Brasil afirmaram que o País está disposto a apoiar no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução mais dura que imponha embargos à Síria, desde que haja um consenso. A proposta, que deverá ser apresentada pela Grã-Bretanha aos outros 14 membros do Conselho, teria o voto de nove países, o suficiente para sua aprovação, mas pode ser vetada pela Rússia, um dos cinco membros permanentes do órgão. As informações são da Dow Jones.