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Síria pede alteração em plano para envio de monitores da Liga Árabe

Emendas estão sendo estudadas pelo órgão pan-árabe, que deu ultimato ao regime de Damasco

Atualização:

CAIRO - O governo da Síria enviou uma carta à Liga Árabe nesta sexta-feira, 18, solicitando a alteração de alguns pontos do plano apresentado pelo órgão pan-árabe para o envio de inspetores ao país devido à violência provocada pelos confrontos entre manifestantes pró-democracia e as tropas do regime de Bashar Assad. A Liga Árabe informou que está estudando a solicitação.

 

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O órgão, baseado no Cairo, pediu o fim da violência e o envio de monitores à Síria como uma parte da iniciativa para encerrar a crise que se instaurou no país desde que tiveram início os protestos contra o regime de Assad, em março. A Liga também pediu a retirada do Exército das ruas e o início do diálogo com a oposição.

 

Mais cedo nesta semana a Liga Árabe suspendeu a Síria como um de seus membros e deu início - junto a grupos da sociedade civil - à elaboração de um plano para enviar uma equipe de 500 pessoas ao país, incluindo militares. Damasco afirmou que receberia a equipe do órgão qualquer que fosse sua formação.

 

De acordo com um comunicado do chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, o ministro de Exteriores da Síria, Walid Moualem, enviou uma carta solicitando a inclusão de "emendas ao protocolo considerando o status legal e as tarefas das missões de monitoramento da Liga Árabe na Síria" aceito pelo conselho ministerial da Liga na quarta. "Essas emendas estão sendo estudadas", afirma o comunicado. A solicitação teria sido recebida na quinta-feira à noite.

 

A Liga Árabe ameaçou impor sanções à Síria se Damasco não tomar medidas para acabar com a violência no país, que já matou mais de 3,5 mil pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Assad tem até domingo para implementar tais ações.

 

A França e a Turquia pediram nesta sexta que a comunidade internacional pressione Damasco com mais vigor para encerrar a violenta repressão aos opositores. Enquanto isso, ativistas afirmam que as forças de segurança continuam com a violência contra as multidões que saem as ruas para protestar. 

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