Síria: presença da ONU na fronteira sírio-libanesa será considerada hostil

"Primeiro, isso representaria a criação de condições hostis entre a Síria e o Líbano", disse Assad à Dubai TV, de acordo com trechos da entrevista divulgados pela emissora

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em pronunciamento transmitido nesta quarta-feira por uma emissora árabe de televisão, o presidente da Síria, Bashar Assad, disse que consideraria hostil qualquer mobilização de soldados estrangeiros na fronteira de seu país com o Líbano. "Primeiro, isso representaria a criação de condições hostis entre a Síria e o Líbano", disse Assad à Dubai TV, de acordo com trechos da entrevista divulgados pela emissora. "Em segundo lugar, existe uma mobilização hostil contra a Síria e isso naturalmente resultará em problemas", prosseguiu Assad. Os trechos da entrevista divulgados pela Dubai TV não mostravam Assad entrando em muitos detalhes. A íntegra da entrevista deve ser exibida ainda nesta quarta pela emissora. Em Helsinque, o chanceler finlandês, Erkki Tuomioja, disse depois de um encontro com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moallem, que Damasco ameaçou fechar sua fronteira com o Líbano caso tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam enviadas à região. A Finlândia ocupa a presidência de turno da União Européia (UE). A Síria é o único país árabe com o qual o Líbano faz fronteira. Na opinião de Assad, o envio de tropas internacionais à fronteira entre a Síria e o Líbano seria uma "violação à soberania libanesa". Na terça-feira, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que seu país suspenderá o bloqueio ao Líbano somente quando forças de paz da ONU forem enviadas à região, ocupando inclusive a fronteira libanesa com a Síria.

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