Síria se torna integrante de convenção contra armas químicas

ONU confirma adesão; medida foi prometida por Assad como parte de acordo para evitar ação militar dos EUA

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Por Redação
Atualização:

(Atualizada às 19h28)

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NAÇÕES UNIDAS - A Síria se tornou um membro pleno do tratado global contra armas químicas nesta quinta-feira, 12, disse o representante do país na Organização das Nações Unidas (ONU). A medida havia sido prometida pelo governo do presidente sírio, Bashar Assad, como parte de um acordo para evitar ataques aéreos americanos.

"Legalmente falando, a Síria se tornou, a partir de hoje, um membro pleno da convenção (contra armas químicas)", disse o embaixador sírio na ONU Bashar Jaafari a repórteres em Nova York, após a apresentação de documentos relevantes para a organização. Segundo Jaafari, Assad assinou um documento declarando que a "Síria aprova integrar a convenção".

A Síria era um dos sete países que não aderiram à Convenção de Armas Químicas de 1997, que obriga os membros a destruir completamente seus estoques.

A ONU confirmou a adesão da Síria. O porta-voz Farhan Haq disse que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aprovou a decisão. "Dados os recentes eventos, ele (Ban Ki-moon) espera que as conversas em Genebra levem a um rápido acordo de qual caminho a seguir, que será apoiado pela comunidade internacional."

Prazo. Assad disse, em entrevista a uma emissora russa, que vai colocar o arsenal químico de seu país sob controle internacional após um mês da assinatura do acordo e que, para isso, os EUA devem parar de ameaçar realizar uma ação militar. "Esse é um processo de duas mãos e nós estamos contando, primeiro de tudo, com a interrupção da política americana de lançar ameaças contra a Síria."

O ditador sírio reconheceu ter o arsenal proibido e disse que a adesão da Síria à proposta russa de inspeção internacional de suas reservas de gases venenosos se deve à aliança estratégica com Moscou, e não à ameaça de um ataque militar americano, como disse o presidente Barack Obama. "A Síria está colocando suas armas químicas sob controle internacional por influência da Rússia. As ameaças americanas não influenciaram nessa decisão", disse Assad, citado pela agência estatal Interfax./ REUTERS e AP

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