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Site francês nega queda de Boeing no Pentágono

Por Agencia Estado
Atualização:

Em 11 de setembro, nenhum Boeing 757 caiu sobre o Pentágono. O mundo inteiro acreditou que sim, que houve um atentado terrorista, mas não é verdade. Houve, é claro, um estrondo naquele dia, seguido de um incêndio em decorrência, quando muito, de uma bomba e não de um avião colocado no interior do edifício. Trata-se de um segredo muito bem guardado, sobretudo se levarmos em conta o absurdo que propõe. No dia 11 de setembro, depois do colapso das duas torres do World Trade Center, um Boeing colidiu sem dúvida alguma contra o prédio do Pentágono. A prova disso é que torna ainda mais fascinante o "rumor" contrário. E de onde vem tal rumor? Da França. Um certo Thierry Meyssan, criador da "rede Voltaire", cuja missão consiste em restabelecer a verdade em toda a parte onde floresce a mentira, revela em seu site na internet a fraude montada pelos americanos. Diz o site: "Jamais um avião caiu sobre o Pentágono". Até então, o site da "rede Voltaire" nunca fora um local muito animado. O número de visitas mensais girava em torno de 45.000. Contudo, depois do anúncio da "fraude" engendrada pelo Pentágono, o site decolou de vez. Os internautas agora o visitam regularmente. No final de fevereiro, o site recebeu 15.000 visitas ao dia. Hoje, o número de visitantes diários é de 85.000. Não demorou para que o efeito de globalização da internet produzisse resultados. Os EUA foram rapidamente varridos pelo rumor. A rede de notícias CNN veiculou, em 7 de março, uma série de imagens feitas por uma câmera do setor de segurança do Pentágono em que se vê uma forte explosão sobre a fachada do edifício. Quem é o autor do rumor? Um certo Thierry Meyssan, um personagem excêntrico de 47 anos que, no passado, cortejou a "renovação carismática" isto antes de se dedicar a difamar a Opus Dei. Depois, fundou a "rede Voltaire", cujo propósito é desmascarar todo tipo de mentira. Membro da franco-maçonaria, Meyssan desentendeu-se com as demais lojas maçônicas. No que se refere à veracidade da queda do Boeing sobre o Pentágono há, contudo, uma certa controvérsia. Os especialistas propõem inúmeras explicações. É verdade que há alguns detalhes curiosos. Por exemplo, não se vêem muitos destroços da aeronave nas fotos tiradas após a tragédia. As informações oficiais também são poucas. Todavia, não se pode de forma alguma duvidar de que o atentado foi efetivamente do tipo kamikaze. O que chama a atenção no caso é, antes de mais nada, a fragilidade das informações e a credulidade das pessoas. É certo que os homens, em todas as épocas, sempre acreditaram em rumores: dragões, sereias, unicórnios e, mais recentemente, puseram em dúvida a existência das câmaras de gás nazistas. Hoje em dia, porém, os "rumores" mudaram de status e de substância por causa da internet. Ela dá a eles dois aceleradores prodigiosos. O primeiro deles é o "tempo". Graças a internet, os "rumores" se deslocam a uma velocidade supersônica. Bastam algumas horas para que atinjam milhares de pessoas. No passado, antes da invenção da rede mundial de computadores, era preciso no mínimo um mês para que isso acontecesse. A internet também tem a vantagem de ampliar até o infinito o espaço de difusão do rumor. Em vez de se limitar a um único lar, ou a um bairro específico de uma cidade, ou até mesmo a uma cidade ou região inteira, a internet permite ao "rumor" dar a volta ao mundo. É isso o que acontece atualmente. Bastarão apenas alguns dias para que o mundo inteiro se ponha a discutir, a fazer conjecturas e a levantar suspeitas sobre a suposta queda de um Boeing que, segundo se crê agora, jamais teria existido sobre o Pentágono na manhã de 11 de setembro.

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