Site Yelp oferecerá filtro de busca por locais com banheiros para usuários transgêneros

Pesquisa feita em 2015 mostrou que cerca 70% dos estudantes transgêneros relatam desafios ao tentarem usar um banheiro seguro e adequado

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Atualização:

WASHINGTON - O site colaborativo Yelp, que oferece aos visitantes avaliações de restaurantes e até mesmo igrejas, está acrescentando uma nova forma de filtrar os resultados: pela disponibilidade de banheiros neutros em termos de gênero.

A nova ferramenta foi anunciada na sexta-feira 3, apenas uma semana depois de ser proposta, e representa a mais nova incursão do site na luta pelos direitos dos transexuais. Um dia antes, a empresa se uniu a várias outras, como Amazon, Gap, Intel e Yahoo, ao assinar um termo na Suprema Corte em nome de Gavin Grimm, garoto transgênero que defende o direito de usar o banheiro nas escolas que corresponde com a sua identidade de gênero.

Ativistas pedem proteção aos direitos transgêneros Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

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“Essa não é a primeira vez que falamos sobre questões sociais, mas é a primeira vez que unimos a ação em nossa plataforma em apoio à justiça social da comunidade LGBT”, disse Rachel Williams, que lidera os esforços da companhia quanto à diversidade e inclusão.

O filtro de banheiros de gênero neutro visa ajudar as pessoas transgêneras, as quais relatam alguns desafios ao tentar usar um banheiro seguro e adequado.

Na edição de 2015 da Pesquisa Nacional de Ambiente Escolar, o Grupo de Educação Gay, Lésbica e Heterossexual entrevistou cerca de 1,6 mil estudantes transgêneros e apontaram que 70% deles evitavam usar o banheiro em suas escolas pois se sentiam inseguros e desconfortáveis.

Agora, o Yelp convida seus usuários e donos de empresas a identificarem os estabelecimentos que oferecem tranca e cabines individuais disponíveis para pessoas de qualquer gênero, e a deixarem os usuários filtrarem nas próximas semanas os resultados com base nos dados oferecidos.

A ideia foi proposta pela mãe de um funcionário, que a repassou para a empresa no dia 24 de fevereiro, alguns dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anulou as propostas do ex-líder Barack Obama, que permitiam que estudantes transgêneros usassem os banheiros de acordo com sua identidade de gênero. / THE NEW YORK TIMES

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