Situação é de calma na fronteira Brasil/Argentina

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os efeitos da crise na Argentina ainda não chegaram à fronteira com o Brasil. Apesar de até ontem 26 pessoas terem morrido nos confrontos em diversas províncias do país, a situação era de normalidade nas principais cidades próximas ao território brasileiro. Mesmo assim, a Polícia Federal está mantendo uma posição de alerta para se precaver contra qualquer fato que possa trazer conseqüências violentas na região. ?Estamos trabalhando normalmente, e a orientação é continuar desta forma. Mas também estamos preparados para qualquer eventualidade?, afirma uma fonte da cúpula da PF na tríplice fronteira, na divisa de Foz do Iguaçu, no Brasil; Ciudad del Leste, no Paraguai, e Puerto Iguazu, na Argentina. A região é também alvo das investigações policiais dos três países por causa da suspeita da existência de células terroristas ligadas a grupos extremistas islâmicos. Em Puerto Iguazu a polícia argentina continua fazendo uma rigorosa fiscalização, não apenas nos veículos que entram no país, mas também nos que deixam a cidade. Não há bloqueio de caminhões e ônibus, como em outras regiões da fronteira, mas a movimentação é intensa. A PF mantém contatos diários com as autoridades argentinas para avaliar a evolução dos acontecimentos e seus possíveis reflexos na fronteira. ?Por enquanto, não há o clima de instabilidade, como em outras províncias?, explica um policial da área de inteligência da PF. Se a situação está tranqüila na fronteira do Brasil com a Argentina, o mesmo não se pode falar da economia da região. Tanto as lojas de Ciudad del Este como as de Foz do Iguaçu tiveram uma queda nas vendas ainda incalculável. Os argentinos eram responsáveis pela movimentação do comércio de alimentos no lado brasileiro da tríplice fronteira, mas os limites nos saques determinado ainda pelo governo De la Rúa, há duas semanas, agravou o problema. ?Já havia problemas com as informações infundadas de terrorismo. Agora, as perdas comerciais estão bem maiores?, avalia o policial, responsável pela elaboração de relatórios diários para as autoridades brasileiras. Segundo ele, a expectativa de normalidade deve acontecer só um mês após o fim da crise na Argentina. Leia o especial

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