Situação econômica palestina é "insustentável", diz ONU

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Por Agencia Estado
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A crise econômica enfrentada pelos palestinos piorou nos últimos 12 meses, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "A atual situação é insustentável", informou a agência da ONU em um relatório apresentado à assembléia anual da organização. Cerca de dois terços dos 3 milhões de palestinos vivem abaixo da linha de pobreza, de US$ 2,15 por dia. De acordo com uma pesquisa do Centro Palestino de Estatísticas, divulgada na segunda-feira, cerca de 2,5 milhões de palestinos, a maioria na Faixa de Gaza, vivem na pobreza - definida como uma família de seis membros vivendo mensalmente com uma renda inferior a US$ 400. No ano passado, a economia palestina caiu 15%. A renda média mensal dos palestinos foi reduzida de US$ 570 para US$ 320 nos últimos 32 meses de conflito com os israelenses. Grande parte dos 3,5 milhões de palestinos na Cisjordânia e Gaza atualmente dependem de doações de parentes ou de alimentos distribuídos pela ONU ou outros grupos de ajuda internacional, indicou o relatório da OIT. Após o início do novo levante palestino, em setembro de 2000, mais de 100 mil palestinos perderam seus empregos em Israel por causa do fechamento de vários postos de controle, para tentar impedir a entrada de homens-bomba no território israelense. De acordo com o relatório, 31% dos trabalhadores palestinos estão desempregados - um aumento de 6% em relação ao ano passado. Israel também continua a sofrer economicamente com o conflito, segundo o relatório. A economia israelense teve uma contração de 3,8% no último ano devido tanto à violência quanto à conjuntura internacional desfavorável. Amedrontados, os consumidores israelenses gastam menos, turistas não têm aparecido, e o setor da construção civil - que se apóia nos trabalhadores palestinos - desabou. O desemprego em Israel, que alcançou 10,9% da força de trabalho em 2002, deve aumentar para 12% neste ano, segundo a OIT.

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