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VIENA - A situação da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, não piorou nas últimas 24 horas, mas continua muito séria, afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo Graham Andrew, assessor especial do diretor-geral da AIEA, a agência acredita que três dos seis reatores da usina sofreram danos em seus respectivos núcleos e que a situação das piscinas de quatro reatores ainda é preocupante, mesmo depois de elas terem recebido mais água para auxiliar no resfriamento das varetas de combustível nuclear. Veja também: Twitter: Siga a correspondente Cláudia Trevisan, que está no Japão Infográfico: Entenda o terremoto e maiores tragédias dos últimos 50 anos Especial: A crise nuclear japonesa Relatos: envie textos, vídeos e fotos para portal@grupoestado.com.br Território Eldorado: Ouça relato do embaixador e de brasileiros no Japão Galeria de fotos: Tremor e tsunami causam destruição Arquivo Estado: Terremoto devastou Kobe em 1995 "A situação continua muito séria, mas não houve piora significativa desde ontem (quarta). Não piorou, o que é positivo, mas ainda é possível que haja piora", disse Andrew. "Podemos dizer que a situação é razoavelmente estável em comparação a ontem." Andrew disse que a AIEA considera adequadas as medidas de segurança adotadas pelo Japão antes do terremoto e do acidente nuclear em Fukushima. "Tenho certeza que o Japão fez a melhor preparação possível", disse Andrew, acrescentando que a combinação de um forte terremoto e do tsunami que o seguiu era imprevisível. "A natureza nos surpreendeu", disse Andrew, ressaltando que a AIEA ainda considera a energia nuclear muito segura. "A probabilidade de um evento como esse é baixa. A indústria nuclear possui um bom histórico de segurança." O terremoto de magnitude 9,0 e o tsunami posterior que atingiram o nordeste do Japão na sexta destruíram boa parte da região e causaram danos ao complexo de Fukushima. Os seis reatores da usina sofreram explosões e incêndios e houve vazamento de material radiativo na atmosfera. Dezenas de pessoas entraram em contato com as partículas nocivas e foram contaminadas. As informações são da Dow Jones.
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