Situação na Venezuela ‘não é normal’, afirma Almagro sobre decisão de Maduro
Presidente venezuelano disse na terça-feira que deixou os cinco principais portos do país nas mãos do Exército, como parte de uma grande mobilização de soldados
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Por Redação
Atualização:
CARACAS - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse na quarta-feira no Paraguai que a situação institucional da Venezuela "não é normal", referindo-se à decisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro de recorrer aos militares para enfrentar a crise econômica.
Na terça-feira, Maduro anunciou que deixou os cinco principais portos da Venezuela nas mãos do Exército, como parte de uma gigantesca mobilização de soldados na recém-lançada "Missão de Abastecimento Soberano", a cargo do próprio ministro da Defesa, o general Vladimir Padrino López.
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A decisão "deixa claro que a situação não é a normal que poderia ser a situação institucional do país", afirmou o titular do organismo interamericano, ao ser consultado por jornalistas sobre o anúncio do chefe de Estado da Venezuela.
Segundo Almagro, as imagens de milhares de venezuelanos cruzando a fronteira com a Colômbia no último fim de semana para comprar alimentos e remédios, "é algo muito significativo da situação social que vive o país".
O chefe da OEA inaugurou na quarta, em Assunção, um fórum de ministros e especialistas na luta contra a pobreza na região. Almagro também se reuniu com o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga.
Na segunda-feira, Loizaga teve um encontro em Montevidéu com seus colegas do Mercosul e foi o encarregado de anunciar que não houve acordo sobre a transferência da presidência do bloco para Caracas.
"Que ponha seus presos políticos em liberdade, que faça gestos que comprometam-no com a democracia, de outro modo, não haverá consenso para entregar a presidência à Venezuela", disse o chanceler do Paraguai.
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No mês passado, Almagro apresentou um relatório ao Conselho Permanente da OEA e garantiu que a Venezuela vive "uma grave alteração da ordem constitucional". Por esse motivo, pediu a ativação da Carta Democrática Interamericana. O debate continua em aberto sobre a aplicação do instrumento que implementa sanções em casos de ruptura democrática. / AFP
Venezuelanos cruzam fronteira com Colômbia para comprar alimentos e remédios
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Venezuelanos cruzam fronteira com Colômbia para comprar alimentos e remédios
Milhares de venezuelanos, que sofrem com a escassez de produtos causada por uma severa crise econômica, cruzaram a fronteira da Venezuela em direção à... Foto: REUTERS/Carlos Eduardo RamirezMais
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Cidadãos venezuelanos compram alimentos e produtos de primeira necessidade em supermercado colombiano Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez
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Venezuelanos que moram perto da Colômbia terão 12 horas para cruzar a fronteirae fazer compras no país vizinho, após uma autorização dada pelo preside... Foto: REUTERS/Carlos Eduardo RamirezMais
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Desde as 5h locais (7h em Brasília), uma multidão atravessava a ponte internacional Simón Bolívar, que liga a cidade venezuelana de San Antonio del Tá... Foto: REUTERS/Carlos Eduardo RamirezMais
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Somente nas cidades colombianas próximas à Venezuela como La Parada, Cúcuta e Villa del Rosario passaram cerca de 15 mil venezuelanos, segundo imprens... Foto: REUTERS/Manuel HernandezMais
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Ocruzamento entre o Estado de Táchira e Norte de Santander foi fechado no dia 19 de agosto de 2015 por ordem de Nicolás Maduro, como parte de uma camp... Foto: EFE/GABRIEL BARRERAMais
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Muitas pessoas dormiram em veículos estacionados nas ruas próximas à fronteira com a Colômbia Foto: EFE/GABRIEL BARRERA
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Houve momentos de desespero durante o cruzamento da fronteira. Por volta das 7h locais, se formou uma aglomeração em frente aos postos alfandegários e... Foto: EFE/GABRIEL BARRERAMais
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A escassez atinge em média 80% dos alimentos básicos e remédios na Venezuela, afetada pela queda dos preços do petróleo, mas se agravou na área limítr... Foto: EFE/GABRIEL BARRERAMais
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Segundo cálculos da associação Fedecámaras, 70% dos comércios do lado venezuelano da fronteira fecharam, provocando a perda de 15 mil empregos Foto: EFE/GABRIEL BARRERA