07 de janeiro de 2013 | 02h10
O pedido de financiamento foi suspenso em dezembro, depois da reação negativa da população a um pacote econômico que incluía o aumento de impostos. Protestos violentos nas principais cidades do país deixaram então pelo menos 10 mortos e o governo deu poder de polícia ao Exército.
As críticas ao governo de Morsi se acentuaram em novembro, quando ele anunciou uma série de medidas centralizadoras que tiraram poder do Legislativo e do Judiciário. A reforma foi reprovada por vários aliados, incluindo os EUA. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, classificou as medidas como "preocupantes".
A pressão internacional sobre Morsi aumentou no final do ano, quando um referendo permitiu a aprovação de uma nova Constituição de viés islamista. Grupos defensores dos direitos humanos acusaram o governo de impor uma Carta que reduz a proteção de minorias e, em particular, a das mulheres.
Segundo autoridades do governo, as pastas de Transporte, Eletricidade e Desenvolvimento Local serão conduzidas agora por membros da Irmandade Muçulmana, grupo do qual Morsi faz parte. O presidente encontrou-se com os novos ministros após a posse e discutiu com eles maneiras de revigorar o turismo e atrair mais investidores ao país.
O turismo é a principal fonte de receita da economia egípcia - um em cada oito trabalhadores está no setor - e atraiu cerca de 14 milhões de visitantes em 2010. Em 2011, quando começaram os protestos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak, o número de visitantes caiu 25%. / AP
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