12 de abril de 2011 | 14h53
"Nós alertamos que faríamos hoje uma enorme manifestação, o que foi visto como um risco à segurança pelo governo", disse al-Tahawi. "O governo sabe que nós conhecemos como funciona o sistema e que não gostamos de nos sentirmos intimidados pelas forças de segurança".
O próprio al-Tahawi recentemente cumpriu uma pena de prisão na Jordânia por planejar atentados contras as embaixadas de Israel e dos Estados Unidos no país em 2004. Apesar de ter sido banido oficialmente da Jordânia, o Salafi ainda existe na clandestinidade.
O governo jordaniano não respondeu à reportagem sobre os detalhes do acordo. Hoje, mais cedo, dezenas de policiais da tropa de choque foram enviados ao local onde os supostos islamitas fariam o protesto, perto do Ministério do Interior em Amã, interrompendo o trânsito e atraindo a atenção dos pedestres. Nenhum protesto, contudo, ocorreu.
Al-Tahawi disse que isso aconteceu justamente porque as demandas do grupo foram atendidas e ele estava em contato com a polícia. "Quando nossos quatro irmãos foram libertados, cancelamos os protestos", afirmou.
Ele disse que o grupo continuará a insistir na libertação de cerca de outros 300 salafis que estão presos na Jordânia. O grupo é acusado de ter ligações com a rede extremistas Al-Qaeda. A Jordânia tem enfrentado nos últimos meses protestos pacíficos contra o governo, ao contrário do que ocorre em alguns dos seus vizinhos, como a Síria.
Aliada crucial dos EUA, a Jordânia é governada pelo monarca Abdullah II e um parlamento. O rei tem a palavra final na decisão dos assuntos de Estado. As informações são da Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.