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Sob pressão popular, novo gabinete toma posse no Egito

Governo tem 12 novos ministros e dois vice-ministros; manifestantes voltaram a protestar

Atualização:

Egípcios voltaram a ocupar a Praça Tahrir para pressionar militares.

 

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CAIRO - Um novo gabinete do governo do Egito, tutelado pela junta militar, tomou posse nesta quinta-feira, 21, sob pressão dos manifestantes que pedem mudanças mais rápidas e o afastamento total dos políticos remanescentes do antigo regime do ex-presidente Hosni Mubarak.

 

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O novo governo, liderado pelo primeiro-ministro Essam Sharaf, tem 12 novos ministros e dois vice-ministros no gabinete. Treze ministros mantiveram os cargos.A tensão voltou a crescer no Egito, com a percepção de muitos manifestantes de que o Exército reluta em agir contra antigos membros do regime de Mubarak, derrubado em fevereiro. Algumas centenas de manifestantes voltaram a protestar na Praça Tahrir, epicentro dos protestos contra Mubarak no começo deste ano.O marechal de campo Mohammed Hussein Tantawi, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, pediu ao novo gabinete nesta quinta-feira para se preparar para as eleições gerais, lutar contra a corrupção e restaurar a segurança. O novo gabinete deverá ficar no cargo por não mais que quatro meses, com a previsão das eleições ocorrerem em outubro ou novembro. O gabinete tem um novo ministro das Relações Exteriores, Mohammed Kamel Amru. Seu predecessor ficou no cargo por apenas algumas semanas.

 

Em uma decisão que deverá irritar os opositores, o ministro do Interior, Mansur el-Issawi, manteve o cargo. A oposição pedia que ele fosse afastado, argumentando que não fez o suficiente para reformar a polícia e as forças de segurança. As informações são da Associated Press.

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