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Sobe para 11 os mortos nos ataques em Kerbala

Por Agencia Estado
Atualização:

Subiu para 11 o número de mortos e para 172 o de feridos pelos ataques dos rebeldes iraquianos, neste sábado, contra as forças estrangeiras de ocupação em Kerbala, no sul do Iraque, deixando 11 mortos - sete iraquianos (seis policiais e um civil) e quatro soldados da coalizão liderada pelos Estados Unidos -, informaram fontes militares e hospitalares. Pelo menos 172 pessoas ficaram feridas - 135 iraquianos e 37 militares da coalizão, entre estes cinco americanos, acrescentaram as fontes à Associated Press. Dos quatro soldados mortos, dois eram tailandeses. Segundo versões extra-oficiais de fontes militares polonesas, os outros dois mortos pertenceriam ao contingente búlgaro. Essas versões, porém, não foram confirmadas pelo governo búlgaro, que falou apenas em 19 feridos no contingente do país em Kerbala. "Foi uma ação planejada para causar muitos danos", afirmou o general polonês Andrzej Tyskiewicz, comandante do contingente multinacional responsável pela segurança em Kerbala. "Foram usados quatro carros-bomba, metralhadoras e lançadores de granadas". Segundo o general, os motoristas suicidas dos carros-bomba tentaram entrar com os veículos em bases da coalizão, mas foram mortos a tiros. Um porta-voz americano da força multinacional, major Ralph Manos, disse que um dos carros-bomba explodiu diante da principal delegacia da cidade, ferindo cinco soldados americanos e vários policiais e civis iraquianos. Dois homens foram detidos por suspeita de envolvimento no atentado, assinalou o major. Também foram atacados dois acampamentos da coalizão, erguidos ao lado da universidade local (que também foi atingida) e de outra delegacia, assim como uma base logística da força multinacional. O gabinete do prefeito de Kerbala, Akram al-Yasseri, também foi atingido por disparos de morteiro. Yasseri está entre os feridos. Kerbala é uma cidade sagrada xiita por abrigar os mausoléus dos imãs Hassan e Hussein, venerados por essa corrente do islamismo. Em 1991, durante a ditadura de Saddam Hussein, as forças do governo lançaram uma sangrenta ofensiva contra a cidade e outras áreas xiitas para esmagar uma revolta. Saddam foi deposto em abril último pela coalizão liderada pelos Estados Unidos e capturado em 13 de dezembro. Os ataques de hoje ocorreram no fim de uma sangrenta semana em que dezenas de civis e militares foram mortos em Bagdá e em outras partes do Iraque, incluindo 11 soldados americanos e um xeque sunita da cidade de Mossul, Talal al-Khalidi. As ações da guerrilha contra as forças de ocupação e contra seus aliados iraquianos abalaram as esperanças de que, após a captura de Saddam Hussein, a violência pudesse ser contida em pouco tempo.

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