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Sobe para 162 o número de imigrantes mortos em naufrágio no Egito

Número de imigrantes que tenta sair do Egito rumo ao litoral europeu aumentou nos últimos meses; até julho, país se transformou no segundo utilizado pelos imigrantes como base de saída para a Europa depois da Líbia, segundo a OIM

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Por Redação
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CAIRO - Pelo menos 162 imigrantes morreram no naufrágio de uma embarcação na última quarta-feira no litoral mediterrâneo do Egito, no qual viajavam centenas de pessoas, segundo a última apuração efetuada nesta sexta-feira, 23, pelo Ministério da Saúde do país árabe.

O ministério explicou em seu comunicado que seis pessoas resgatadas na quarta-feira continuam hospitalizadas, algumas delas em coma e outras por fraturas nos membros inferiores.

Egípcia reconhece o corpo do filho morto no naufrágio Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

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O governador da Província de Al-Bahira, onde aconteceu a tragédia, Mohammed Sultan, havia dito anteriormente que todos os corpos foram transferidos para hospitais dessa província e das de Alexandria e Kafr Sheikh, no norte do Egito.

Sultan ordenou que as operações de busca continuem e se acelere o processo legal de entrega dos corpos identificados às famílias das vítimas.

Até esta sexta-feira, foram resgatadas 164 pessoas com vida, entre elas 111 egípcios, 26 sudaneses, 13 eritreus, 2 somalis, 1 sírio e 1 etíope, segundo os dados da Organização Internacional de Migrações (OIM).

Entre os mortos, sabe-se que os cerca de 50 corpos encontrados nos dois primeiros dias pertencem majoritariamente a cidadãos egípcios, assim como alguns sudaneses e somalis.

No entanto, o governador de Al-Bahira e o porta-voz do Ministério da Saúde do Egito, Khaled Mujahid, não ofereceram detalhes sobre as nacionalidades dos mortos encontrados nas últimas horas.

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Mujahid explicou à agência EFE que há aproximadamente 30 ambulâncias no porto de Bugas Rashid e as famílias são notificadas sobre os corpos que chegam com documentos de identidade, caso contrário, os mortos são levados para os hospitais da região.

A embarcação naufragada partiu com entre 400 e 600 imigrantes a bordo de um ponto entre as localidades egípcias de Rashid e Baltim, uma área pouco povoada de onde embarcações que transportam ilegalmente os imigrantes costumam sair, a maioria delas com destino ao litoral italiano.

Entre os imigrantes resgatados havia quatro marinheiros que foram detidos. No entanto, os proprietários da embarcação e outras pessoas envolvidas no tráfico de pessoas continuam foragidas.

O número de imigrantes que tenta sair do Egito rumo ao litoral europeu aumentou nos últimos meses. Até julho, o Egito se transformou no segundo país utilizado pelos imigrantes como base de saída para a Europa depois da Líbia, segundo a OIM. / EFE

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