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Sobe para 19 os mortos em atentado na Páscoa judaica

Por Agencia Estado
Atualização:

Um militante islâmico entrou na noite nesta quarta-feira num salão de jantar de um hotel e detonou explosivos que carregava no momento em que israelenses se preparavam para o Seder, a refeição celebrando o início da Páscoa judaica. Dezenove israelenses e o atacante morreram e mais de 120 convidados ficaram feridos. A explosão destruiu o salão do hotel. O grupo militante islâmico Hamas assumiu a responsabilidade pelo ato, qualificado pelo porta-voz do governo israelense Gideon Meir como "o massacre da Páscoa". O camicase, um palestino de 25 anos, já havia trabalhado em hotéis de Netanya. O atentado ameaça a missão patrocinada pelos Estados Unidos, apenas horas depois de o presidente norte-americano George W. Bush ter dito que seu enviado estava conseguindo algum progresso. Israel, que aceitou com relutância a última proposta de trégua dos EUA, anunciou que irá rever sua política. O Estado judeu responsabilizou o líder palestino Yasser Arafat pelo ataque, dizendo que ele não tem combatido o terrorismo. Vários ministros do governo exigiram uma maciça retaliação e afirmaram que a Autoridade Palestina tem de ser destruída. A Autoridade Palestina "condenou fortemente" o atentado e anunciou que adotará duras medidas contra os envolvidos. Fontes de segurança palestinas disseram que Arafat ordenou a prisão de militantes-chave na Cisjordânia. A explosão ocorreu por volta das 19h20 locais, no momento em que dezenas de convidados do Park Hotel, às margens do Mar Mediterrâneo, se preparavam para o banquete da Páscoa. O atacante suicida, carregando uma grande bolsa com explosivos passou por guardas armados na entrada do hotel por não ter sido considerado suspeito, segundo a tevê israelense. Do saguão, ele entrou no salão de jantar, onde detonou os explosivos. Vários dos feridos estão em condições críticas. "Eles atacaram israelenses inocentes em uma das noites mais sagradas para o povo judeu, da Páscoa", disse Meier, o porta-voz do governo israelense. A polícia de Israel estava em alerta máximo contra possíveis ataques durante o feriado de Páscoa, com mais de 10.000 policiais vigiando pontos sensíveis. O chefe da polícia de Israel, Shlomo Aharonishki, disse ser impossível evitar todos os ataques. "Mesmo com mais policiais e uma presença mais ampla, não podemos bloquear o centro das cidades", disse. Num comunicado, as Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas assumiram responsabilidade pelo atentado. O atacante foi identificado como Abdel Baset Odeh, 25 anos, da cidade de Tulkarem, Cisjordânia, cerca de 15 quilômetros a leste de Netanya. Fontes de segurança palestinas disseram que Odeh era procurado tanto por Israel quanto pelos palestinos.

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