
06 de outubro de 2013 | 19h04
Suspensas por causa do mau tempo, as buscas por mais de 200 pessoas desaparecidas foram retomadas neste domingo. A ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge, nascida no Congo, acompanhou a transferência dos corpos para um necrotério improvisado.
"Não podemos lidar com esta tragédia sozinhos, mas em conjunto com a Europa. Devemos dar respostas para aqueles que fogem, precisam de proteção e chegam aqui para pedir ajuda" disse Kyenge para repórteres. Mais cedo, a ministra visitou os sobreviventes em um centro de refugiados em Lampedusa. A maioria das 155 pessoas resgatadas com vida permanece em um centro superlotado na ilha, muitos dormindo ao relento.
O primeiro-ministro da Itália Enrico Letta disse que o presidente da Comissão Europeia Jose Manuel Barroso viajará para Lampedusa na próxima quarta-feira. Roma vem pressionando para que a União Europeia desempenhe um papel maior na ajuda aos imigrantes que desembarcam ilegalmente ao longo de sua costa e pede que o assunto seja discutido da reunião de ministros da UE marcada para a próxima semana.
Lampedusa, o ponto mais meridional da Itália e a apenas 113 km da Tunísia, é um destino frequente para os imigrantes que tentam fugir da miséria e dos conflitos na África e no Oriente Médio.
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