Sobe para 38 número de mortos por passagem do ciclone Kenneth em Moçambique

Tempestade é a segunda a atingir o país desde março, quando o Idai matou ao menos mil pessoas no sul do país

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Por Redação
Atualização:

MAPUTO - Subiu para 38 o número de mortos pela passagem do ciclone Kenneth em Moçambique. Segundo o balanço, divulgado nesta segunda-feira, 29, ainda há 39 feridos e35 mil casas destruídas ou danificadas. O balanço anterior publicado pelo Instituto Moçambicano de Gestão de Emergências (INGC) relatou cinco mortes na província de Cabo Delgado, na fronteira com a Tanzânia.

A tempestade, a segunda dessa magnitude a atingir o país em um mês, atingiu Moçambique na quinta-feira, com ventos próximos de 300 km/h e chuvas muito fortes, apenas seis semanas após a passagem devastadora do ciclone Idai ao sul do país. 

Passagem do ciclone Kenneth por Moçambique: chuva ainda afeta as principais áreas atingidas e 38 pessoas morreram Foto: EMIDIO JOZINE / AFP

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As chuvas seguem atingindo a região, o que tem atrapalhado as operações de resgate, segundo a ONU. As estradas nos distritos rurais do norte do país encontram-se inundadas e intransitáveis após as chuvas torrenciais de domingo.

“Infelizmente as condições climáticas estão mudando muito rápido e ameaçando a operação”, disse Saviano Abreu, porta-voz do Ocha, sigla em inglês do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Agiro Cavanda e sua mulher Agera tiveram a casa inundada em Pemba, Moçambique, após passagem do ciclone Kenneth Foto: REUTERS/Mike Hutchings

O ciclone Kenneth atingiu as ilhas de Comores e depois a província de Cabo Delgado, em Moçambique. As tempestades provocaram o corte de energia e de comunicações. Algumas comunidades rurais ficaram reduzidas escombros de madeira, com apenas raras estruturas ou palmeiras ainda de pé.

O Idai atingiu em meados de março a segunda maior cidade do país, Beira, no centro de Moçambique, e depois continuou a sua rota para o Zimbábue. O ciclone matou mil pessoas e deixou centenas de milhares de desabrigados em ambos os países./ AFP e REUTERS

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